terça-feira, 27 de abril de 2010

ESTRELAS NOS OLHOS


É noite na grande metrópole cinzenta e trabalhadora.
Fecho os olhos e deixo minha mente ir...
Então, na luz do espírito, eu vejo algures, em outros planos.
E os meus dedos digitam o que o meu coração sente.
Porque eu escuto uma linda canção, que vem do infinito.
Ela fala de liberdade e de uma viagem espiritual.
E eu viajo nela, embalado pela luz, em espírito e verdade.
Ah, alguém canta o amor e fala de iluminação...
E eu escuto com o coração, além dos sentidos do corpo.
O vento sopra uma brisa, por onde os espíritos cantam.
Enquanto eu vejo uma grande estrela extrafísica.
E dela vem uma luz suave, tão cálida e serena...
Ah, alguém canta sobre um Grande Amor, de forma linda.
E diz que há um fogo doce e encantador nos olhos de quem ama.
Eu escuto e compreendo... E me alegro com os toques gentis.
Porque eu vejo além da noite... A magia do amor sussurrando reflexões.
E penso: “Será que outros corações também estão escutando essa canção?
E essa imensa estrela, quantos estão vendo-a, agora, em espírito e verdade?
E essa alegria que se sente, que dinheiro nenhum do mundo paga?”
Ah, essas ondas serenas... Que beijam as praias secretas do espírito.
E esse amor, que é como um fogo doce e arrebatador, que me faz de betume.
Que derrete o meu coração... E me faz rir de mim mesmo.

(W Borges)

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