segunda-feira, 30 de maio de 2016

Ver a vida

Em tempos em que precisamos (ou acreditamos precisar) carregar um monte de tralha, a simples ideia de esvaziar a "bolsa interna" se torna complexa e dolorida. A simplicidade pesa, porque até ela há um caminho de "livramento". Descobri depois de muita dificuldade que para alcançar o simples, é preciso desapegarmos das sofrências desnecessárias. É nesse sentido que o simples abre espaço para a leveza das coisas... O céu fica livre de nuvens e podemos enxergar as cores mais vivas e os detalhes que quase nunca podíamos reparar, devido à névoa das complicações.
Enquanto escrevia, me lembrei desse poeminha muito certeiro, do Horácio Dídimo: 
" as coisas não acontecem como a gente quer
nem mesmo como a gente não quer
as coisas nunca pedem a nossa opinião"
Chego à conclusão de que talvez nos falte ver a vida como ela é, apenas. Talvez só assim belezas desabrochem dos buracos na terra. 
(Manuela Pérgamo)

Nenhum comentário:

Postar um comentário