domingo, 14 de junho de 2015

Mãos à obra.


Quando o menino nasceu, lá se vão anos e anos, estava só começando, mesmo que com a estrela brilhando, a grande obra que faria. À medida que o tempo ia passando e passando, ele sentia: ainda que estivesse diante de um terreno todo pronto, todo limpo, pelas bênçãos que trouxera e por tudo o que estava escrito, ainda que contasse com uma sólida fundação de valores e princípios, tudo ainda estaria, todo dia, por se construir. Ele ergueria uma casa,como também desejava que fizéssemos, para deixar como exemplo. Não uma casa de tijolos, paredes, pilares, lajes e pisos, mas de sentidos, virtudes e sentimentos. Uma casa para abrigar a alma, apaziguar o espírito, acolher os corações e indicar caminhos. Faria exatamente como gostaria que construíssemos. Todo dia o trabalho feito oração, todo dia agradecer e recomeçar, cuidando do mundo e do próximo como de si mesmo. Todo dia uma comemoração, a sensação de missão cumprida, de que cada um de nós está fazendo o melhor para perpetuar o milagre da vida.

(José Oliva)

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