terça-feira, 23 de novembro de 2010

Nossa terra

Contemplando os quadros de miséria do nosso mundo, crianças que são pele e ossos, velhos que vivem desamparados, o desânimo nos chega.

Contemplando as multidões que passam parecendo sem rumo, desejando somente sobreviver a qualquer custo, somos tentados a pensar que este planeta é um verdadeiro vale de lágrimas, um lugar de exílio doloroso.

Sofremos, muitas vezes, por verificarmos a fragilidade da saúde humana e o trabalho dos anos no corpo físico. Anos que o vão tornando enfraquecido, mais enfermo, com maiores necessidades.

Tudo isso nos entristece. No entanto, se observarmos com mais cuidado perceberemos que o nosso mundo terreno não é somente miséria, fome, desamparo e flagelos.

O nosso planeta é um grande campo experimental, onde cada Espírito que aqui vive tem por dever o aprimoramento de si mesmo e o compromisso de socorrer o seu semelhante.

Mas é também um local de muita beleza. A Divindade se esmerou em cuidados para nos permitir gozar alegrias. Basta que olhemos e descobriremos as explosões de flores nos jardins, bosques e pradarias.

O tapete verde do pasto abundante se estendendo por montanhas, em tons que vão do claro ao escuro, como uma enorme colcha de retalhos estendida sobre a Terra.

O vento que nos acaricia os cabelos é aquele mesmo colaborador na reprodução das espécies floridas, carregando o pólen em seus braços, espalhando-o pelas campinas. Vento amigo que dedilha sinfonias nas cabeleiras das árvores para que possamos ouvir a voz da natureza.

É neste planeta abençoado que sentimos a garoa nos molhando o rosto. Observamos as chuvas fortes. Os relâmpagos que traçam desenhos luminosos nos céus escuros.

É aqui que, nas noites quentes, o pirilampo fica piscando e de dia o sol se apresenta com todo seu vigor.

É aqui que o filete d'agua pura desce a montanha e o mar se mostra exuberante.

É na Terra que encontramos as borboletas coloridas dançando no ar e os pássaros cantantes que enchem os nossos ouvidos de sons. A erva rasteira e a árvore gigantesca, que desafia os séculos.

Tudo nos fala do amor de Deus em todos os setores da vida no mundo.

Nosso mundo é uma sublimada escola. Busquemos assimilar as mais importantes lições que nos farão alcançar o esperado progresso.

Não o condenemos. Nem nos entristeçamos. Consideremos todas as possibilidades de beleza e som que o planeta nos concede a fim de que nos renovemos e nos iluminemos.

Valorizemos nosso mundo e cuidemos de tudo que nos rodeia: animais, vegetais e nossos irmãos em humanidade.

(Redação Momento Espiríta)

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